Os anticoagulantes orais são medicamentos importantes para a prevenção de coágulos sanguíneos indesejáveis, como trombose e embolia. Eles têm sido amplamente utilizados na prática clínica, principalmente em pacientes com risco aumentado de eventos tromboembólicos.

Este artigo tem como objetivo fornecer uma visão geral dos tipos mais comuns de anticoagulantes orais, seus mecanismos de ação, doses, mecanismos de controle, efeitos colaterais e contra-indicações, dando ênfase à warfarina.

Tipos de anticoagulantes orais

Os tipos mais comuns de anticoagulantes orais são:

  • Warfarina ou varfarina (antagonistas da vitamina K)
  • Dabigatrana (inibidor do fator II da coagulação)
  • Rivaroxabana (inibidor do fator X da coagulação)
  • Apixabana (inibidor do fator X da coagulação)

Warfarina ou varfarina

A warfarina é um dos anticoagulantes mais antigos e amplamente utilizados. Faz parte de um grupo de compostos químicos chamados cumarínicos e é conhecida por inibir a ação da vitamina K, um cofator importante para a fabricação de componentes da coagulação sanguínea, mais especificamente os fatores II, VII, IX e X, produzidos no fígado.

varfarina - trombose.org

Comprimidos de warfarina

Mecanismo de ação da varfarina

A warfarina age inibindo a ação da vitamina K, que está envolvida na síntese de fatores de coagulação (II, VII, IX e X) e de proteínas anticoagulantes (proteína C e proteína S).

Doses da warfarina

A dose da warfarina varia de acordo com o paciente e suas necessidades específicas. É importante ter um acompanhamento frequente com o médico ou enfermagem especializada para verificar rotineiramente o nível de anticoagulação e ajustar a dose, se necessário.

Controles necessários com o uso da varfarina

O controle da warfarina é feito através de verificação frequente do tempo e atividade de protrombina (TAP) e do RNI (Razão Normalizada Internacional), que são indicadores do tempo de coagulação do sangue. Durante o tratamento, a dose da warfarina pode ser mudada várias vezes, na dependência do exame de RNI e TAP.

Cuidados com o uso da warfarina

A warfarina pode ser afetada por alguns alimentos e medicamentos. Alimentos ricos em vitamina K devem ser evitados em excesso pois podem contrapor o efeito do anticoagulante. Em compensação, muitos antibióticos podem eliminar bactérias boas do intestino, responsáveis pela produção de vitamina K, potencializando a ação da warfarina e aumentando o risco de sangramento.

É fundamental que o tratamento seja monitorado pelo profissional de saúde com rígido controle do TAP e do RNI.

Efeitos colaterais e contra-indicações da wafarina

A warfarina pode causar alguns efeitos colaterais, como sangramento, hematomas e queda de cabelo. Pacientes com risco de sangramento, doença hepática, ou hipersensibilidade à warfarina devem evitar seu uso.

Os efeitos colaterais são proporcionais ao descontrole do tratmento.

Conclusão:

Os anticoagulantes orais são medicamentos importantes na prevenção de coágulos sanguíneos indesejáveis. A warfarina é uma das medicações mais usadas e muito se conhece sobre sua ação, limitações e complicações e, apesar de seu uso vir diminuindo em razão de medicamentos anticoagulantes mais modernos que não necessitam de controles tão rigorosos através de exames de sangue, ainda tem indicações muito precisas e seu uso ainda é bastante disseminado em razão do custo mais baixo da medicação em comparação com outros concorrentes.

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